Meraki : A Experiência de uma empresa incubada

Meraki : A Experiência de uma empresa incubada

Deixar parte de si e criar valor no trabalho realizado, foi a missão que Cristina Vera-Cruz e Joseanne Silva desenharam para o seu projecto através do nome grego Meraki. Beneficiadas do Startup Jovem em 2017, as empreendedoras tiveram a oportunidade de formular a empresa com o apoio do BIC - Business Incubation Center, que lhes forneceu acompanhamento em diversas áreas. Cerca de um ano depois de o Centro Educativo Meraki estar no mercado, afirmam que foi uma mais-valia.

Como surgiu o Meraki?

Cristina Vera-Cruz: Partiu de uma mãe, a Joseanne, que sentiu necessidade de ter um centro como este para os tempos livres da sua filha. Eu na altura, estava interessada em trabalhar com crianças também, sempre pensei num trabalho mais social. Ao conversarmos, vimos que poderíamos construir um projeto que satisfizesse estas nossas vontades. Entretanto apareceu o programa Startup Jovem e vimos que era uma oportunidade de pôr a nossa ideia em prática. Fizemos a candidatura online. Conseguimos passar a primeira fase e disseram-nos que quem tinha um plano de negócio poderia avançar para a solicitação de crédito ao banco, como não tínhamos, tivemos de o fazer. A ProEmpresa apoio-nos com um consultor financiado por eles em 85%, portanto o restante fomos nós que financiámos, através da bolsa de consultores com os quais eles trabalham. Com esse plano elaborado, passámos para a fase seguinte de solicitação de crédito aos bancos. Ou seja, em Outubro de 2017 candidatámos ao programa, em Março de 2018 abrimos a empresa mas ainda estávamos no processo porque para conseguir o financiamento já tínhamos de ter a empresa criada. O financiamento foi disponibilizado em Outubro de 2018, cerca de um ano depois da candidatura ao programa. Nessa altura, começámos as obras e cerca de três meses depois, conseguimos abrir o Meraki.

 

Como se iniciou o processo de incubação da vossa start-up?

Joseanne Silva: Foi uma experiência muito positiva que se iniciou depois do ter sido disponibilizado o financiamento. Durante o primeiro ano da empresa, reunimos com técnicos da BIC para fazer o acompanhamento da constituição da empresa. Este processo foi disponibilizado pela ProEmpresa, sem custos neste primeiro ano. Foi também uma oportunidade de fazer networking, conhecer a experiência dos outros incubados, divulgar a nossa empresa, ou seja, foi muito rico. Tivemos formação em diversas áreas que concernem o desenvolvimento de uma empresa e aconselhamento constante, além de, até, empréstimo de materiais que precisássemos.

Qual a percentagem de financiamento do banco?

Cristina Vera-Cruz: Nós pedimos o máximo, o que significou até 85% do crédito necessário para iniciar o projeto. Portanto nós tivemos que colocar os 15%. Tivemos também bonificação de juros em 50% e garantia do Estado, o que significa muito para os bancos porque cria a mais-valia de ter uma instituição muito forte por de trás de um negócio que está a nascer.

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